Cidadania

Há 12 anos, rádio comunitária aproxima moradores em Santa Maria

Luisa Neves

O aposentado Luiz Fontoura não começa o dia sem sintonizar a 106.3 FM. Ouvinte assíduo, ele afirma que a Rádio Caraí presta diferentes tipos de serviço aos moradores da região Sul de Santa Maria.

– A Caraí é um diferencial em nossa comunidade. Há dias, anunciei alguns móveis para doar. As pessoas ouviram na rádio e vieram buscar. Além dos anúncios, é pela Caraí que fico sabendo sobre os serviços de saúde ofertados aqui no bairro – conta.

Assim que o secretário Juliano Marques chega no trabalho, liga o rádio na Caraí para ouvir as notícias da região. Para ele, a estação aproxima pessoas próximas que têm interesses em comum.

– Todas as promoções da igreja, anunciamos na Caraí. Assim, uma congregação ajuda a outra, independentemente de religião. Aqui, fico por dentro da previsão do tempo, sei se pediatras estão atendendo no bairro e me atualizo a respeito do calendário de vacinação – conta Marques, que é pai de Emanuel, 3 meses.

 Barbeiro de Santa Maria corta cabelos de pessoas em vulnerabilidade social 

No ar desde 2005, a Rádio Comunitária Caraí FM é parte integrante da Associação Cultural de Divulgação Comunitária da Vila Tropical e Região Sul de Santa Maria. Segundo o diretor, Paulo Roberto Aguiar Rodrigues, o objetivo da rádio a aproximar as comunidades da região Sul da cidade.

– Não temos fins lucrativos. Nossa intenção é informar. Assim, as pessoas não precisam andar de casa em casa com um panfleto na mão para anunciar suas ações – diz.

A Caraí fica no ar, todos os dias, das 6h à meia-noite. A apresentação das notícias, música, classificados locais e entretenimento fica sob o comando de seis apresentadores principais: Rodrigues, Roselaine Magrini, Abner Moreira, Damião Borges, Rodrigo Aires e Cris Militz.

– Tudo o que a gente precisa, a rádio se dispõe a ajudar. Esses dias, o nosso vizinho encontrou seus documentos graças à Caraí – menciona o pintor Nelson Grapiglia que mora em frente da rádio.

 SANTA MARIA, RS, BRASIL. 19/09/2017.Case: Paulo Roberto Aguiar Rodrigues (rÁDIO cARAÍ)Pauta: O que a rádio comunitária faz pela comunidade.FOTO: GABRIEL HAESBAERT / NEWCO DSM
Foto: Gabriel Haesbaert / NewCO DSM

Para a decoradora Luciana de Paula Corrêa, ter uma rádio tão perto permite que ela possa ouvir direto os assuntos que interessam a sua comunidade.

– Na Caraí, são os nossos problemas e ações que são comunicados, como o dia do vizinho e outras festas. Com uma rádio comunitária, as pessoas do bairro ficam mais próximas – explica.

 Grupo de mães se une para manter Associação Colibri

A empresária Neraci Tavares Lovatto foi uma das primeiras apoiadoras da Caraí. Ela contou que foi por meio da rádio conheceu Juliano Marques, funcionário da sua empresa há três anos. Moradora da Vila Tropical há quase três décadas, Neraci afirma que a chegada da rádio deu valor aos movimentos do bairro:

– Sou parte da Rádio Caraí e ela é parte de nós. Chegamos a fazer vários concursos de beleza, como o Garoto e Garota Caraí ou Caraí Melhor Idade. A rádio também promoveu festas para as crianças. Realmente, ela cumpre seu objetivo.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Governo decide manter horário de verão 

Próximo

Três são denunciados pelo MP por esquartejar santa-mariense em Caxias do Sul

Geral